TER UM VEÍCULO SE TORNA UM SONHO DE CONSUMO CADA VEZ MAIS DIFÍCIL DE SE TORNAR REALIDADE.

SINDIAUTO / ALVESP – Atualmente, 5 dos 10 carros 0km mais vendidos no primeiro trimestre, custam acima dos R$ 100 mil e a valorização dos modelos usados também continua elevada, sendo assim, alcançar esse sonho de consumo tem exigido manobras difíceis no orçamento das pessoas. Segundo especialistas, em 2021 modelos novos e seminovos subiram entre 14% e 21%. De acordo com a KBB, o preço do ano/modelo 2022 subiu, em média, 18,39%.

Sabe-se que em 2020, um carro que custava aproximadamente R$ 105 mil foi para R$ 123 mil. Os preços desse mesmo veículo estavam em torno de R$ 96 mil a R$ 97 mil entre 2017 e 2019, também descontando a inflação. No início de 2022, um novo reajuste real, de 3,6%, elevou o preço do mesmo veículo para R$ 137 mil.

A indústria automobilística aposentou o carro básico ou popular e uma das razões é que o consumidor não estaria mais interessado em modelos que não trazem itens de conforto. Na lista da FENABRAVE, os modelos novos mais baratos vendidos no primeiro trimestre são o Kwid, da Renault, e o Mobi, da Fiat, com preços a partir de R$ 61 mil.

Ter algum lançamento na garagem quase sempre exige esforços para ter uma parcela do financiamento que caiba no bolso, mas geralmente fica difícil disponibilizar uma entrada alta e consequentemente pagar o que seria a parcela atual junto com a última para amortizar. As dúvidas ficam ainda maiores quando o financiamento é do tipo “balão”, com a última parcela altíssima, em média 40% do valor do veículo.

Com a falta de veículos 0km e o aumento exponencial dos seminovos, muitas pessoas ganharam dinheiro quando compraram um 0km e não tiveram desvalorização depois de um ano. Esse tipo de negociação favorece locadoras e outros frotistas, que compram diretamente das montadoras a preços mais baixos, os abatimentos chegam a mais de 30%.

No início de março, o governo federal diminuiu o IPI de diversos produtos, incluindo carros, mas os últimos reajustes eliminaram o benefício.

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Fonte: Fenabrave, KBB e Valor Econômico.

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