Fabricantes de automóveis diminuem seus preços em até 33% para competir com as empresas chinesas.

SINDIAUTO/ALVESP – A crescente entrada de fabricantes automotivos chineses no mercado brasileiro tem pressionado as marcas estabelecidas a reduzirem seus preços, especialmente nos veículos elétricos. Um exemplo marcante é o Renault Kwid E-Tech, um veículo de zero emissões, que teve seu preço reduzido para R$ 99.990, uma diminuição de 33% em comparação aos R$ 149.990 iniciais na sua introdução em 2022. Outras marcas como Peugeot, Caoa Chery e JAC também realizaram cortes nos preços recentemente para competir com os concorrentes chineses.

Adicionalmente, competir com a vantagem de escala que os chineses possuem é um desafio. No último ano, aproximadamente 30 milhões de carros foram comercializados na China, um volume que reduz os custos de produção e possibilita a oferta de preços mais baixos aos consumidores, mantendo, ainda assim, margens de lucro elevadas. Essa realidade se aplica igualmente aos importadores.

A abordagem de vendas pode diferir de acordo com cada modelo de carro, sendo comum a aplicação de volumes de vendas mais baixos em veículos com menor saída. O Renault Kwid E-Tech, que é visto como um produto especializado, registrou apenas 321 veículos licenciados no ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira do Carro Elétrico (ABVE). Para efeito de comparação, o BYD Dolphin alcançou um total de 6.812 unidades vendidas.

Em relação à margem de lucro, existe uma grande variação, tornando complicado estabelecer um valor médio para o mercado. O ponto chave é que os importadores podem desfrutar de margens de lucro superiores, permitindo-lhes praticar preços mais atraentes.

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