Confira os 10 fatos que marcaram o setor automotivo em 2024 + Retrospectiva SINDIAUTO/ALVESP.

SINDIAUTO/ALVESP – Com o encerramento de 2024, é tradicional fazermos uma retrospectiva dos acontecimentos. Por isso, consultamos a Automotive Business, que destacou os momentos mais significativos do ano no setor automotivo nacional. Entre eles estão:

1. BYD finca sua bandeira no país

Destacamos o evento que marcou definitivamente a chegada da chinesa BYD ao Brasil, com o lançamento da pedra fundamental em Camaçari, na Bahia.
Depois de muita especulação, alianças, conversas com governo e negociações com a Ford, ex-dona do espaço fabril, a montadora finalmente pode dizer: sim, sou um fabricante nacional.
Pelo menos tecnicamente, considerando que, até agora, não saiu nenhum veículo montadora pela portaria da fábrica.
A promessa era de que as linhas passariam a operar ali no fim de 2024 ou começo de 2025, algo que não se concretizou e tampouco deverá se concretizar no início do ano que vem.

2. Tragédia no Sul preocupou o país – e as montadoras

As chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul em boa parte do primeiro semestre causaram forte comoção nacional dadas as proporções dos estragos.
Com as cidades submersas, concessionárias deixaram de vender e o fato refletiu no desempenho comercial delas e das montadoras.
Naquele momento, não havia o que fazer senão ajudar o estado com o que era possível, e algumas montadoras estenderam uma mão com recursos e veículos de salvamento, por exemplo.

3. E o Mover se moveu

Ainda que tenha se convertido em lei no final de 2023, foi neste ano que o Mover, de fato, se tornou um programa oficial para o setor automotivo.
A partir de sua sanção, as montadoras e seus fornecedores puderam, enfim, respirar de modo menos ofegante, uma vez que o programa garantiu de alguma forma a previsibilidade que tanto almejavam.
O alívio foi tanto que a adesão ao programa foi massiva. Em sete meses, o número de empresas homologadas no programa foi superior ao volume visto no Rota 2030, a política setorial anterior.

4. Super julho salvando as vendas e a produção

Depois da tempestade vem a bonança, como diz o ditado, e ela veio em julho. Com o país se recuperando das enchentes no Sul veio a boa notícia de que as coisas no mercado automotivo voltavam a um certo nível de normalidade.
A produção de veículos no país naquele momento registrou o maior volume de produção do ano. No mês saíram das linhas 246,7 mil unidades, 17% a mais sobre junho e 35% a mais sobre julho do ano passado.
Nas vendas, também foi o melhor desempenho do ano. No acumulado até julho, foram emplacados no Brasil 1,385 milhão de veículos, um resultado que representou alta de 13,2% sobre o janeiro-julho do ano passado.

5. Montadoras investem forte na esteira do Mover

O Mover clareou o horizonte das montadoras, como se diz por aí. Tanto que após a sua sanção ele desencadeou uma forte onda de investimentos no país, todos alinhados com os temas de descarbonização e pesquisa preconizados pelo programa setorial.
O total de investimentos do Programa Mover no setor automotivo local é de R$ 19,3 bilhões entre 2024 e 2028. As montadoras, no embalo, anunciaram aportes que somados ultrapassaram a marca dos R$ 100 bilhões.

6. Chinesas chegam em peso ao Brasil

2024 também foi o ano em que mais marcas chinesas desembarcaram no país com ganas de vender veículos e, em alguns, caso, até de estabelecer produção local.
Zeekr, Omoda, Jaecoo e GAC são alguns nomes que se somam a uma lista que já tem BYD e GWM há algum tempo por aqui. Será que em 2025 chegam outras mais?

7. Fenatran e o bom momento dos pesados

O ano também marcou a retomada da produção e das vendas de caminhões e ônibus no país depois de alguns meses de letargia.
No caso dos caminhões, ficou para trás os tempos sombrios de transição do Euro 5 para o Euro 6, e os telefones, como costumam dizer no segmento, voltaram a tocar.
Um termômetro disso foi a edição da Fenatran deste ano, na qual foram fechados mais de R$ 15 bilhões em negócios envolvendo caminhões e periféricos.
No caso dos ônibus, as licitações municipais, e o programa Caminho da Escola, acabaram impulsionando as fábricas e seus departamentos comerciais.

8. Trump volta à Casa Branca, e junto com ele o protecionismo

2024 também foi um ano eleitoral, e o pleito realizado nos Estados Unidos para escolher um novo presidente movimentou o setor automotivo global.
Isso porque a volta de Donald Trump ao poder trouxe de carona medidas protecionistas contra produtos de competidores estrangeiros.
Se o democrata Joe Biden já tinha erguido um muro fiscal aos veículos chineses, por exemplo, Trump chega a agora ao poder envolto na ideia de que é preciso ir mais longe no tema.
Resta saber se, de fato, o país que é um dos maiores mercados do mundo vai conseguir botar freios no avanço comercial chinês. Precisamos saber também se essa produção que, em tese, se deslocaria para lá, será destinada para outros mercados adjacentes como é o caso do Brasil.

9. “Fator China” provoca cortes na Europa

Como vocês podem ver, China foi um termo recorrente nos acontecimentos da indústria automotiva global em 2024, e neste tópico ele aparece como agente determinante para fechamento de fábricas e corte de pessoal na Europa.
Pois bem, montadoras e fornecedores instalados no Velho Continente anunciaram medidas drásticas de corte de custos alegando que a concorrência com veículos chineses os levou à reestruturação. A mais forte delas, por ora, foi anunciada pela Volkswagen na Alemanha.
Os números baixos, ou pelo menos o desempenho comercial aquém do espero pelo conselho das montadoras, redundaram também na saída de altos executivos do comando, como por exemplo Carlos Tavares, da Stellantis, e Pablo Di Si, da Volkswagen América do Norte.

10. Brasil produziu mais veículos em 2024

Para fechar a lista, e para não dizerem que não falei de flores, a produção de veículos foi maior no acumulado do ano até novembro, e deverá encerrar dezembro também acima daquilo que foi registrado no acumulado do ano passado.
A marca das 1,5 milhão de unidades produzidas foi alcançada em agosto, bem antes do esperado pela indústria. O desempenho foi possível graças ao aumento da demanda do mercado por veículos pesados, que impulsionaram os números.

SINDIAUTO/ALVESP

Fonte: Automotive Business

Veja também:

RETROSPECTIVA ALVESP

JANEIRO 2024

Governo promove reunião sobre o RENAVE com DETRANs e representantes do Setor Automotivo.

FEVEREIRO

Programa Acordo Paulista oferece desconto de até 100% de juros de mora na Dívida Ativa.

MARÇO

Programa Acordo Paulista oferece desconto de até 100% de juros de mora na Dívida Ativa.

Rota do Conhecimento – Encontro para lojistas de automóveis Promovido pela FENAUTO, COX AUTOMOTIVE BR, DATASTOCK/B3 e ALVESP.

SP é 1º Estado do país a oferecer transferência digital de veículos.

ABRIL

SP é 1º Estado do país a oferecer transferência digital de veículos.

MAIO

Conecta Autos OLX 2024 anuncia Adriano Correia, Ambrósio Mafra Neto e Tiago Kfouri para o time de speakers.

JUNHO

Sem “jabuti”, Mover é aprovado no Senado.

JULHO

Encontro com Secretário da Fazenda de SP teve como objetivo discutir as propostas para o mercado de carros usados.

Produtivo Encontro no Detran-SP Aborda Inovações e Melhorias nos Serviços Veiculares

AGOSTO

RENAVE para Veículos Usados – Atenção lojistas de SP.

SETEMBRO

SUMMIT AUTOMOTIVE 2024 – Convite Especial aos Lojistas de Veículos Usados e Seminovos do Brasil.

SINDIAUTO/ALVESP, Frente Parlamentar e PROCON-SP avançam em discussões Sobre Garantias Veiculares.

OUTUBRO

O RENAVE para carros usados será obrigatório em SP com objetivo de combater a evasão fiscal no setor.

OUTUBRO

Ritmo de vendas de carros usados desacelera em setembro mesmo vendendo 64 mil veículos por dia.

NOVEMBRO

Sindiauto fortalece a representatividade no setor em nova Convenção Coletiva de Trabalho.

DEZEMBRO

Congresso FENAUTO se expande e agora é internacional.

O Congresso Internacional FENAUTO é o maior evento do setor automotivo na América do Sul.