Cientistas criam método para reutilizar baterias de carros elétricos em residências.

SINDIAUTO/ALVESP – Aproximadamente há 4 anos achei um artigo muito interessante apontando pesquisadores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, que desenvolveram um novo método para testar e classificar baterias usadas em veículos elétricos para permitir seu reaproveitamento em outros usos, evitando um grande problema.

Segundo os pesquisadores, mesmo que um veículo chegue ao fim de sua vida útil, as células que compõem sua bateria ainda podem estar boas o suficiente para armazenar energia solar ou eólica para uma casa, ou alimentar um sistema elétrico de emergência.

Na bateria de um veículo elétrico as células se degradam de forma desigual, portanto o desafio é separar as que ainda podem ser reaproveitadas das que chegaram ao fim de sua vida útil. Métodos antigos envolviam descarregar e depois carregar completamente as células para medir sua capacidade.

A bateria de um carro como o Nissan Leaf é composta por 48 módulos de 4 células cada. Anteriormente, eram necessárias três horas para classificar um único módulo. Com o novo método, são necessários três minutos, e com um custo menor. A Nissan patrocinou o estudo.

Os cientistas conseguiram reaproveitar 50 baterias de Nissan Leaf para criar um sistema com capacidade de armazenamento de 1 MWh, suficiente para atender à demanda típica de 330 casas durante uma hora, ou pouco mais de 13 casas durante um dia inteiro.

A Nissan estimava na época que hoje (2024) haveria dezenas de milhares de veículos elétricos em uso na Europa com baterias no “fim da vida”. Graças ao novo processo, a empresa espera ser capaz de reutilizar a maioria delas.

Já que o problema não será o descarte da bateria do carro elétrico, a pergunta é outra: “Será que vai valer a pena investir numa bateria nova para um carro “velho” de 10 anos? Independente do preço?” Mauro Beni.

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