A ´GREAT WALL MOTORS´ VAI INVESTIR R$ 10 BI NO BRASIL PARA PRODUZIR CARROS HÍBRIDOS E ELÉTRICOS.

SINDIAUTO / ALVESP – A Great Wall Motors inaugurou hoje sua fábrica no Brasil na cidade de Iracemápolis. A gigante chinesa assume a unidade de produção que pertencia à Mercedes-Benz prometendo quintuplicar a capacidade de produção e lançar diversos produtos em vários segmentos, especialmente híbridos e elétricos.

A marca vai investir mais de R$ 10 bilhões nos próximos três anos no país, contratar 2.000 funcionários, gerar outros 8.000 postos indiretos e planeja um faturamento de R$ 30 bilhões. “Nossa fábrica será a única ao sul dos Estados Unidos e vai produzir unicamente produtos híbridos e elétricos”, disse Pedro Betancourt, diretor de relações externas da Great Wall.

Iracemápolis será a quarta unidade completa de produção da Great Wall e servirá como centro de exportação para a América Latina. A promessa é de 60% de nacionalização dos veículos já em 2025. Estão nos planos o desenvolvimento de tecnologia de célula de combustível de etanol, projetos com universidades locais e formação de uma equipe técnica composta de brasileiros.

Koma li, diretor da marca no país, falou da estratégia da GWM em investir US$ 15 bilhões em pesquisa e desenvolvimento além de atingir 25% das vendas fora da China. “O Brasil é o país obrigatório para qualquer companhia que quiser liderar a revolução tecnológica no mundo”, disse o executivo.

A marca quer produzir 1 milhão de veículos elétricos neste ano em nível mundial e tem planos audaciosos para o Brasil. Em vídeo, Wang Fengying, vice-chairman e presidente mundial, disse que “os brasileiros vão desfrutar de uma mobilidade sustentável e acessível” com a inauguração da unidade.

A Great Wall deve iniciar o ano importando as primeiras unidades dos veículos da China. A partir de 2023 poderá introduzir a produção em kits CKD (completamente desmontados) e nacionalizar os veículos em um intervalo de três anos.

São cotados para o país a família de SUVs da linha Haval e a picape Poer. Conforme o anúncio, todos os produtos feitos no Brasil terão tecnologia híbrida ou elétrica.

A marca promete introduzir em seus modelos tecnologias de condução autônoma, conectividade com sistema 5G, inteligência artificial e veículos com tração elétrica.

A GWM não é gigante à toa. Estabelecida em 1984, é uma empresa privada e já a partir de 1997 passou a exportar produtos para outros mercados. Hoje conta com 19 fábricas no mundo e desenvolve produtos em oito nações. Presente em 60 mercados, tem uma joint venture com a BMW e no segmento de baterias de modelos elétricos tem parceria com o grupo Stellantis, além da Ford.

SINDIAUTO / ALVESP

Fonte: R7