SINDIAUTO/ALVESP – As vendas de carros elétricos estão crescendo rapidamente no Brasil, mas muitos ainda duvidam da viabilidade dessa tecnologia para o mercado local. Segundo líderes do setor automotivo e de mobilidade, os carros elétricos são considerados uma solução ineficiente para o país.
Isso foi confirmado por uma pesquisa chamada Up Next – Eletrificados, realizada pela Automotive Business em parceria com a Roland Berger. O estudo entrevistou mais de 800 profissionais do setor, sendo que 32% ocupam cargos de diretoria, vice-presidência ou presidência.
Entre os que são céticos sobre a tecnologia no Brasil, 25% acreditam que os carros elétricos também não são eficientes em escala global, enquanto 31% acham que a tecnologia é interessante tanto para o mercado brasileiro quanto para outros países.
Esses dados foram revelados durante o evento Up Next Eletrificados, organizado pela Automotive Business no Cinemark do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, para 196 profissionais.
Apesar do ceticismo, os entrevistados da pesquisa acreditam que a adoção de carros elétricos vai aumentar. A maioria espera que veículos elétricos representem 31% das vendas de automóveis até 2030.
Os principais desafios para atingir essa meta são a disponibilidade de estações de recarga para veículos elétricos e a desvalorização dos modelos usados.
Enquanto há questionamentos sobre os carros elétricos, há um consenso maior em relação ao etanol e aos motores a combustão. Uma das razões pelas quais os carros elétricos não são vistos como a melhor solução no Brasil é a popularidade dos motores bicombustíveis e o aumento dos modelos híbridos flex. Para 41% dos participantes da pesquisa, o etanol é uma vantagem competitiva local com potencial de exportação.
Apenas 25% acreditam que o etanol é vantajoso, mas não tem espaço em outros países, enquanto 7% veem o combustível como uma desvantagem que atrasa a eletrificação.
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